Composto único é capaz de tratar doenças incapacitantes

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Cientista descobre composto que pode tratar doenças incapacitantes

Por décadas, pesquisadores têm lutado para encontrar a cura para doenças incapacitantes, como Alzheimer, esclerose múltipla, artrite reumatóide e doença de Crohn.

Depois de passar dez anos de sua carreira estudando e desenvolvendo uma proteína sintética especial, um cientista israelense acredita que possa ter descoberto um tratamento que funcionaria para essas doenças.

O professor David Naor, do Centro de Imunologia Geral e Tumor de Lautenberg, em Jerusalém, diz que a razão pela qual sua droga é eficaz contra tantas doenças incapacitantes é porque todos esses males estão associados a proteínas amilóides patológicas.

Foco é tratar inflamações de doenças incapacitantes

A fim de neutralizar estas proteínas inflamatórias, ele desenvolveu o peptídeo 5-mer, que ele acredita que se tornará um tratamento inovador no futuro — peptídeo é um composto formado pela união de dois ou mais aminoácidos por intermédio de uma reação de síntese por desidratação.

“Acredito que dentro de dois anos saberemos com certeza se nosso estudo acadêmico pode se traduzir em uma droga terapêutica para combater doenças incapacitantes, inflamatórias e neurodegenerativas”, disse Naor ao site Israel21.

“Depois de controlar a inflamação, você pode controlar a doença. Por isso, nosso objetivo é reduzir ao máximo possível a atividade inflamatória.”

Testes deram bons resultados

Os testes com animais já deram bons resultados. No caso de tratamento da artrite reumatóide, a droga só inverteu completamente a inflamação da junção dos ratos aos níveis normais e saudáveis. Não foram observados efeitos secundários prejudiciais.

Atualmente, segundo o Israel21, são gastos mais de US$ 30 bilhões em tratamentos com artrite anualmente em todo o mundo, e nenhum deles é capaz de curar a doença. Além disso, os medicamentos só funcionam em cerca de dois terços dos usuários.

Em seguida, Naor voltou-se para a esclerose múltipla. “Como o experimento de artrite reumatóide foi repetido com sucesso várias vezes, nós olhamos para uma doença inflamatória crônica diferente, a esclerose múltipla, em que a inflamação não está nas articulações, mas no cérebro.”

Embora o tratamento da droga tenha se mostrado menos eficaz à medida que a doença progrediu, ela ainda provou reduzir drasticamente as células inflamatórias no sistema nervoso e devolver uma boa parte do controle motor aos indivíduos.

Droga consegue recuperar memória

Finalmente, o peptídeo foi usado para tratar ratos com Alzheimer. Os resultados mostraram que camundongos tratados com o composto recuperaram função cognitiva suficiente para atingir os mesmos níveis de desempenho mental que os ratos que não tiveram a doença.

“Podemos restaurar a memória do animal. Isso não significa que vamos curar a doença de Alzheimer, mas isso significa que temos que fazer todo o possível para ver se nosso peptídeo pode ser bem sucedido”, disse Naor.

Naor e seus colaboradores agora planejam coletar a verba necessária para iniciar testes clínicos em seres humanos nos próximos anos. “Como o peptídeo é derivado de material humano, faz sentido que ele funcione em humanos tanto quanto em camundongos.”

* Com informações de Goodnews Network e Israel21

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